Como o próprio folheto anunciava, a Junta atribuiu ainda subsídios no valor de várias centenas de milhares de euros a diversas instituições da Freguesia. Certamente que as instituições beneficiadas agradecem os apoios concedidos, na ausência dos apoios devidos pelo Governo e pela Câmara Municipal, entidades com a obrigação de o fazer, mas que pela mão do PS, PSD e CDS viram os seus apoios cortados tanto pelo Governo como pela Câmara Municipal. Acrescenta ainda a Junta de Freguesia, neste comunicado, que tem ainda um saldo de 350.000€ que não usará em obras no espaço público. Mas porque razão a Junta de Freguesia se demite das suas obrigações de que são exemplo a manutenção de escolas, mercados, zonas verdes, fontanários, limpeza urbana, bermas e valetas, recintos desportivos, sinalização de trânsito e transportes escolares?
Nesta homenagem participou Domingos Abrantes, membro do Comité Central do PCP. Alfredo Dinis era um jovem de 28 anos, que foi violentamente assassinado a tiro pela PIDE, no dia 4 de Julho de 1945, em plena luz do dia, na Estrada da Bemposta (Estrada Nacional 115, ao quilómetro 71,2), quando se dirigia na sua bicicleta para um encontro em Á-das-Lebres. Alfredo Dinis além de outras lutas que impulsionou, foi um dos organizadores das grandes greves de 8 e 9 de Maio de 1944, que ficaram conhecidas pela “Greve do Pão”. Alex foi um combativo militante comunista, um valoroso antifascista e um incansável construtor do Partido.
Em análise e discussão estiveram a situação económica e social do país e do concelho, o trabalho realizado pela Câmara Municipal e a necessidade do reforço e da afirmação da CDU. Foram também definidas as principais linhas de intervenção da CDU no concelho de Loures para os próximos meses.
Bernardino Soares, pela CDU, alertou para o grave precedente antidemocrático que constitui alterar território de um Concelho sem auscultar os seus órgãos eleitos, bem como para as consequências financeiras graves que esta decisão poderá trazer para o Município de Loures. O deputado municipal da CDU e líder parlamentar do PCP na Assembleia da República referiu ainda que não pode ficar a ideia de que a culpa da aprovação desta lei não tem “rostos”, pois a Assembleia da República não é uma realidade única. “Quem aprovou esta trafulhice foi o PS e o PSD, que têm que prestar contas à população do Concelho de Loures”, referiu o deputado da CDU.
1. Alterar os limites territoriais de um concelho sem auscultar as populações das freguesias em causa, Moscavide e Sacavém, e os órgãos autárquicos democraticamente eleitos, sobre a proposta em causa, abre um precedente gravíssimo na nossa democracia em que em favor de interesses eleitorais e políticos de momento, PS e PSD, alteram limites territoriais de concelhos e freguesias, ignorando por completo que o nosso regime democrático é regido por leis, e que estas são para cumprir;
2. O território em causa é indispensável para o desenvolvimento do concelho de Loures, pela sua ligação ao rio Tejo e por ser a única zona de descompressão das freguesias afectadas. As populações seriam gravemente lesadas por se verem espoliadas de uma parcela do seu território, e são confrontadas com o negar de inúmeras promessas de que esse território seria aproveitado para suprir diversas carências por si sentidas;
3. A atitude do Presidente da Câmara Municipal de Loures e de outros representantes do PS a nível concelhio apenas demonstram aquilo que o PCP afirma há muito: A população do concelho de Loures não pode confiar nos eleitos do PS porque esta força política não é coerente e muda a sua posição política conforme o órgão democrático, consoante os ganhos políticos e eleitorais que prevê, como este caso bem demonstra.
4. O PCP está e estará sempre ao lado da população do concelho de Loures, na defesa dos seus legítimos interesses, não mudando a sua opinião, não tendo duas caras, em qualquer dos órgãos democráticos nos quais, por vontade do povo português, está representado
No comício, intervieram Paula Oliveira da Comissão de Freguesia de Moscavide do PCP, que alertou para as diversas carências sentidas na freguesia e para a acção da CDU em prol dos habitantes da freguesia. Maria Eugénia Coelho, Vereadora da CDU na Câmara Municipal de Loures, que destacou o débil estado financeiro da Câmara fruto da gestão política deste executivo PS e a inexistência de uma política que resolva os problemas do concelho.
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